Natureza Sagrada

Capa de Livro: Natureza Sagrada

Porque “Natureza Sagrada” e não “Natureza Sangrada”? Estes, são dois modelos clássicos de como pensamos a Ecologia na contemporaneidade: o que restou (sagrado) e o que foi destruído (sangrado).

O primeiro nos remete a inúmeras situações que promovem a conservação da biodiversidade planetária e, destacamos como tese, está associada a uma lógica de sacralização da Ecologia vivenciada pelos grupos humanos desde os primórdios da humanidade, particularmente os povos e comunidades tradicionais.

A segunda, nos devolve a sensação de uma banalização dos sistemas ecológicos da Terra, usados como objetos, como bens de usos descartáveis, como recursos a serviço de um projeto civilizacional etno e ecocída.

“Natureza Sagrada” é filho de uma experiência vivenciada na ocasião do oferecimento da disciplina “Subjetividades Contemporâneas e Ecologia”, do mestrado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH), da UNEBCampus VIII. Trata-se de uma elaboração “nova” na Academia, que buscou analisar como os grupos tradicionais pesquisados no PPGEcoH (indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, ciganos, fundo de pasto, povos de terreiros, alunos, professores, presidiárias, meleiros, atingidos de barragens, reassentados, entre outros) elaboram a noção de “sagrado” e em que medida estas representações, simbolizações, significações, ligam-se a uma noção de natureza e forjam novos sentidos para a Ecologia Humana na contemporaneide.

OS PRIMEIROS ECÓLOGOS HUMANOS FORMADOS NO BRASIL, embarcaram nessa fascinante aventura e produziram as preciosidades que podemos ver neste livro, que fala-nos de um “segredo sagrado”, cujos fragmentos compõem a espinha dorsal da “Ecologia da Alma”, descrito pelos elementos da “Alma da Ecologia”.

Prof. Dr. Juracy Marques

Organizador

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